Muito tempo atrás, o farmacêutico desempenhava uma função importante nas comunidades. Se alguém tinha dúvidas sobre saúde, logo corria na farmácia, que funcionava como a porta de entrada para o sistema. Com o surgimento das grandes redes de drogarias, esse costume se perdeu, e as farmácias de bairro, antes consideradas verdadeiros centros de saúde, acabaram incorporadas ou, simplesmente, fechadas. Se depender da maior rede de farmácias do Brasil, no entanto, elas vão voltar.
A RaiaDrogasil quer resgatar essa ideia da farmácia como centro de saúde. O plano faz parte da estratégia ESG da companhia, que tem como linha central a promoção da saúde. A pandemia, de certa forma, ajudou a consolidar essa estratégia de negócios. “Nossas farmácias se tornaram postos de vacinação, e isso nos abriu os olhos para o potencial de impacto que elas têm”, afirma Giuliana Ortega, diretora de sustentabilidade da RaiaDrogasil.
Um ponto forte da rede é a capilaridade — neste ano, a meta é abrir 240 lojas e chegar a todos os estados brasileiros. Ortega afirma que o objetivo é fazer as pessoas procurarem as farmácias para ter uma primeira opinião, e encontrar nelas uma série de serviços, como exames de glicemia, de bioimpedância e avaliação nutricional. Há também um plano para oferecer consultas médicas por videoconferência na própria farmácia.
O plano ESG da companhia possui 35 metas, divididas em três categorias: negócios saudáveis, pessoas saudáveis e planeta saudável. Entre elas está a de ter 100% dos clientes cobertos por lojas que tenham farmacêuticos capacitados nesse atendimento personalizado, que a empresa chama de “coaches de saúde”.
Esses serviços estarão conectados à plataforma Vitat, que combina, em um aplicativo, a oferta de produtos, serviços e conteúdo para a promoção da saúde. A healthtech é a grande aposta da RaiaDrogasil na transição para o meio digital. A companhia também tem investido no comércio eletrônico com a criação de um marketplace.
Diversidade e inclusão
Além de resgatar o papel da farmácia como porta de entrada para o sistema de saúde, outro pilar da estratégia ESG da companhia é a diversidade. Até 2030, a empresa instituiu as metas de ter equidade de gênero em todas as categorias funcionais, ter representatividade de pelo menos 50% de negros em posições de liderança, ter 6% de pessoas com deficiência e dobrar a representatividade de pessoas com mais de 50 anos.
A companhia também espera alcançar um ambiente livre de discriminação para seus mais de 47.000 funcionários, e difundir esses padrões entre os fornecedores.
Para conferir a matéria, acesse: https://exame.com/esg/o-papel-do-farmaceutico-de-bairro-no-plano-esg-da-raiadrogasil/